Ei! Marionetas / Teatro e Marionetas de Mandrágora
Ei! Marionetas - Encontro Internacional de Marionetas de Gondomar 2025
O rapaz que morava à beira mar [ ESPETÁCULO ]
- Teatro e Marionetas de Mandrágora
- M/3 . 35mins . acesso gratuito
- Aqui temos de tudo um pouco, coisas grandes e pequenas, mas para vos poder contar acerca do que aqui trago temos de abrir os olhos, colocar os nossos ouvidos em estado de alerta, respirar bem fundo, e colocar o corpo atento, para podermos abrir a imaginação, porque aqui o que é, não é, mas o que não é, é!
Meninos e meninas, pequenos e crescidos vamos conhecer o rapaz que morava à beira-mar. - identidade e território, sentido de pertença, exploração dos patrimónios edificado e imaterial local
| 5 JUL 11h00 . SÁBADO | Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues |
| 5 JUL 18h00 . SÁBADO | Parque Urbano de São Pedro da Cova |
| 6 JUL 11h00 . DOMINGO | Jardins da Biblioteca Municipal de Gondomar “Camilo de Oliveira” |
| 8 JUL 14h30 . TERÇA . [ ESGOTADO ] | Auditório Municipal de Gondomar |
O rapaz que morava à beira mar
O poder de nos encantarmos com aquilo que nos rodeia, permite-nos pensar que muitas vezes se trata de inocência. É na simplicidade que reside a beleza das pequenas coisas.
Partimos à descoberta da personalidade desta pequena criança que mora à beira-mar, onde tudo o que cria nasce do nada, em tudo vê a beleza, deixando o poder da imaginação contagiar a sua forma de estar.
Mas nem tudo o que vem ter à praia são conchas e búzios. Quando o lixo se torna o quotidiano, não podemos deixar de ficar assustados. Esta é uma reflexão sobre aquilo que nos encanta, o som das ondas, o cheiro, a maresia e o observar da sua lenta perda, cabendo-nos uma ação que permita a reconstrução, tentando encontrar harmonia. Não podemos baixar os braços!
o que o festival tem a dizer
Esta criação, que aborda a nossa relação com água, quer seja o mar ou o Rio, leva-nos a uma viagem pelo olhar da inocência dos objetos em movimento. O espetáculo que irá percorrer as freguesias do concelho de Gondomar será um excelente mote para a discussão acerca da poluição marítima, mas também da nossa relação com os elementos que nos rodeiam, da natureza e a sua importância para nosso bem-estar interior, social, comum.
Um espetáculo belíssimo repleto de ações de jogos de objetos marioneta, mas também integrando o teatro de sombras, bem como o ator manipulador que é também o narrador desta história. Um momento divertido, mas sobretudo um momento de contemplação, onde apelamos à sensibilidade, e onde alimentamos algo fundamental para todos nós, a imaginação.
Teatro e Marionetas de Mandrágora
O Teatro e Marionetas de Mandrágora é uma companhia profissional de teatro de marionetas com direção artística de Clara Ribeiro e Filipa Mesquita e direção plástica de enVide neFelibata. A Companhia foi fundada a 2 de abril de 2002. Na simbiose de uma linguagem simbólica que conjuga o património e o legado tradicional com o pensamento e a dinâmica da sociedade contemporânea, num diálogo nem sempre pacífico surge um elemento fundamental, a marioneta. Este elemento apoia-nos na procura de uma identidade cultural própria.
O nosso objetivo é o de descobrir as potencialidades estéticas, plásticas, cénicas e dramáticas da marioneta em si mesma, como em relação com o ator e nessa descoberta explorar a dramaturgia que nos caracteriza: a de explorar a cultura, a crença e a lenda aliada à urbe, à exploração tecnológica e à velocidade da aldeia global. Ao longo do nosso percurso artístico têm sido diversas as propostas quer nos públicos; adulto, jovem, escolar e familiar; quer na formação de base ou especializada. Uma das nossas grandes apostas é a digressão nacional e internacional dos projetos. Descentralização, trabalho comunitário, criação em parceria e a valorização social e inclusiva são preocupações preponderantes no nosso quotidiano.
Ao longo destes 22 anos afirmámos a Companhia como uma estrutura de criação artística contemporânea através das dezenas de propostas de espetáculos apresentadas nacional e internacionalmente, quer sejam criações próprias, bem como em colaboração com outras estruturas e entidades culturais nacionais e internacionais.
Temos como premissa dar espaço à liberdade criativa da nossa equipa artística, garantindo a existência dentro da própria estrutura de várias linguagens e diversas visões que se unem num ponto comum do desenvolvimento da arte do teatro das marionetas. A ponderação sobre a problemática das fragilidades sociais e um olhar atento sobre tradições e sobre o património são as bases da dramaturgia da estrutura que se consolidam em olhares distintos, mas simultaneamente convergentes.
É fundamental o diálogo com os diferenciados públicos e a envolvência da criação nos distintos contextos e espaços, bem como a interceção entre entidades e estruturas, criando propostas multidisciplinares que visam sobretudo a comunicação artística com os públicos.
Salienta-se ainda a colaboração com inúmeros serviços educativos no programa de implementação de atividades em instituições como monumentos, museus e património edificado.
ficha artística
DIREÇÃO ARTÍSTICA E TEXTO Filipa MesquitaCONSULTADORIA Clara Ribeiro, Rúben Gomes
DIREÇÃO PLÁSTICA Migvel Tepes
INTERPRETAÇÃO Joaquim de Sousa
MARIONETAS E CENOGRAFIA Migvel Tepes
APOIO À CONSTRUÇÃO DA CENOGRAFIA Catarina Pontes
MÚSICA CÉNICA Hélder David Duarte
FIGURINOS Patrícia Costa
COSTUREIRA Alice Mendes
FOTOGRAFIA DE CENA Ana Filipa Rodrigues
DESIGN enVide neFelibata
PRODUÇÃO EXECUTIVA Hélder David Duarte
PRODUÇÃO Teatro e Marionetas de Mandrágora
APOIO República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes, Município de Espinho/Câmara Municipal de Espinho, Município de Gondomar
links
- ei.marionetasmandragora.pt
- loja.marionetasmandragora.pt
- marionetasmandragora.pt
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- youtube.com/@MarionetasMandragora
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foi assim
Faz agora um ano que lançamos o desafio a este artista, Joaquim de Sousa, para integrar a equipa do Teatro e Marionetas de Mandrágora. Hoje, dia do seu aniversário, refletimos sobre a criação da qual ele é o intérprete. Uma criação que estreou este ano e que apresentou neste Encontro pelas freguesias, a grupos escolares, e também no Jardim da Biblioteca Municipal de Gondomar, do qual partilhamos alguns registos fotográficos.
Foi uma criação que agregou diversos artistas e que reflete, de uma forma sensível e delicada, sobre a relação de uma criança com o mar, com a água, mas também com o meio envolvente e a proteção da natureza, nomeadamente a proteção das praias e da vida aquática.
Através de uma manipulação que atravessa diversas técnicas - manipulação de mesa, teatro de sombras, manipulação de objetos - vamos construindo um imaginário que o artista desvenda aos nossos olhos, tendo como inspiração diversos elementos, como a indústria conserveira, as memórias da praia e o lixo presente na praia. Juntando esses diversos elementos, conta uma história simples, que acaba por não ter fim, no sentido em que existe um convocar do público, do espetador, para que o final desta estória seja uma ação ativa perante aquilo que nos rodeia, a proteção da natureza, a fruição plena dos espaços naturais e um relacionamento com os animais com maior respeito e proximidade. Através dessa ação, talvez um dia se venha a descobrir um bom fim para esta narrativa. “Cabe-nos a nós proteger o mar.” assim é dito.
Nos Jardins da Biblioteca de Gondomar, sentados em mantas e em pequenas cadeiras coloridas, o público infantil e adulto, debaixo da copa das árvores, observaram esta criação, com música original. Foi uma agradável manhã e sem dúvida o público sente, como a sua, a preocupação que nos é lançada pela personagem principal desta estória e narrador e que nos convoca a uma ação atenta, porque todos merecemos usufruir do bem-estar que a natureza nos proporciona, mas para tal temos de ter um gesto de valorização da mesma e só assim poderá plenamente ser fruída.
No final da apresentação, os espetadores, ávidos de curiosidade, foram investigar de perto, todos os detalhes que o dispositivo cénico e a marioneta encerram. Esta é uma criação do Teatro e Marioneta de Mandrágora e estamos certos que terão muitas oportunidades de a ver novamente em cena.








