Ei! Marionetas / Teatro e Marionetas de Mandrágora

Ei! Marionetas / Teatro e Marionetas de Mandrágora

Ei! Marionetas - Encontro Internacional de Marionetas de Gondomar 2025


Homenagem a Delphim Miranda [ CERIMÓNIA DE ABERTURA ]


5 JUL 16h45 . SÁBADO [ NOVO HORÁRIO ]Auditório Municipal de Gondomar
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Homenagem a Delphim Miranda

Delphim Miranda acredita que as marionetas têm a capacidade de dialogar com diversas tecnologias e se integrar harmoniosamente com outras linguagens artísticas. Para o artista, essa forma de arte não apenas é versátil, mas também oferece um canal significativo para transmitir mensagens e contar histórias de maneira cativante.

o que o festival tem a dizer

DELPHIM MIRANDA nasceu em Lisboa em 1947. Frequentou o Curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e lecionou as disciplinas de Educação Visual e Educação Visual e Tecnológica no ensino oficial. Após ter experimentado diversas formas de comunicação, tais como o Cartoon, a Banda Desenhada, o Cinema de Animação, a Pintura, a Ilustração, a Performance/Intervenção, fixa-se no Teatro, trabalhando nas áreas da Cenografia, Figurinos, Adereços, como Ator e como Autor.

Descobrindo no ensino as marionetas como unidade de trabalho capaz de envolver os alunos em todas as áreas expressivas, especializa-se nesta arte, tornando-se profissional. Cria então os seus primeiros espetáculos, em que contracena com as suas marionetas, contando histórias da sua autoria.

Percorreu o país como contador de histórias com marionetas, participando também em festivais de teatro, nacionais e internacionais. Integrou o Programa de Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian apresentando os seus espetáculos e ministrando formação a professores e animadores nas áreas expressivas. Ao longo dos anos o artista esteve sempre um profundo contacto com o desenvolvimento da arte da marioneta em Portugal, onde desenvolveu um conjunto de objetos, formas animadas muito particulares, marcando a sua presença nas dinâmicas culturais nacionais.

É fundamental reconhecer que o artista apontou caminhos estéticos muito próprios que nos fazem hoje entender a sua profunda envolvência com arte da marioneta, contribuindo para o seu desenvolvimento nas últimas décadas. Assim esta homenagem é sobretudo um olhar sobre o trabalho de um artista que ao longo do tempo se pautou por uma estética mas também por uma forma de estar social que nos permite entender não só a obra mas também o pensamento que está por detrás das peças das dinâmicas culturais do relacionamento da arte da marioneta com o ensino.

Teatro e Marionetas de Mandrágora

O Teatro e Marionetas de Mandrágora é uma companhia profissional de teatro de marionetas com direção artística de Clara Ribeiro e Filipa Mesquita e direção plástica de enVide neFelibata. A Companhia foi fundada a 2 de abril de 2002. Na simbiose de uma linguagem simbólica que conjuga o património e o legado tradicional com o pensamento e a dinâmica da sociedade contemporânea, num diálogo nem sempre pacífico surge um elemento fundamental, a marioneta. Este elemento apoia-nos na procura de uma identidade cultural própria.

O nosso objetivo é o de descobrir as potencialidades estéticas, plásticas, cénicas e dramáticas da marioneta em si mesma, como em relação com o ator e nessa descoberta explorar a dramaturgia que nos caracteriza: a de explorar a cultura, a crença e a lenda aliada à urbe, à exploração tecnológica e à velocidade da aldeia global. Ao longo do nosso percurso artístico têm sido diversas as propostas quer nos públicos; adulto, jovem, escolar e familiar; quer na formação de base ou especializada. Uma das nossas grandes apostas é a digressão nacional e internacional dos projetos. Descentralização, trabalho comunitário, criação em parceria e a valorização social e inclusiva são preocupações preponderantes no nosso quotidiano.

 

Ao longo destes 22 anos afirmámos a Companhia como uma estrutura de criação artística contemporânea através das dezenas de propostas de espetáculos apresentadas nacional e internacionalmente, quer sejam criações próprias, bem como em colaboração com outras estruturas e entidades culturais nacionais e internacionais.

Temos como premissa dar espaço à liberdade criativa da nossa equipa artística, garantindo a existência dentro da própria estrutura de várias linguagens e diversas visões que se unem num ponto comum do desenvolvimento da arte do teatro das marionetas. A ponderação sobre a problemática das fragilidades sociais e um olhar atento sobre tradições e sobre o património são as bases da dramaturgia da estrutura que se consolidam em olhares distintos, mas simultaneamente convergentes.

É fundamental o diálogo com os diferenciados públicos e a envolvência da criação nos distintos contextos e espaços, bem como a interceção entre entidades e estruturas, criando propostas multidisciplinares que visam sobretudo a comunicação artística com os públicos.

Salienta-se ainda a colaboração com inúmeros serviços educativos no programa de implementação de atividades em instituições como monumentos, museus e património edificado.

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foi assim

Celebrar os artistas, o seu trabalho desenvolvido ao longo dos anos, lembrando as suas criações, o seu percurso artístico, e a pessoa em si. Foi assim que o Ei! Decidiu celebrar a figura de Delphim Miranda que ao longo de muitos anos fomos acompanhando e admirando enquanto pessoa, artista, companheiro de muitas viagens. Como disse a diretora artística do Encontro: é fundamental celebrar as pessoas em vida, homenagear o seu trabalho e o seu percurso.

Foi um momento tocante, na companhia de vários artistas e de muito público, onde pudemos ver o trabalho desenvolvido num pequeno vídeo que celebra alguns momentos históricos no seu percurso, bem como imagens atuais recolhidas em Lisboa pela equipa Mandrágora. Tivemos assim a presença desta incontornável figura da arte da marioneta, e foram assim registadas algumas palavras dedicadas a este gesto de homenagem.

Convidamos o artista plástico Miguel Tepes a desenvolver um objeto, do qual já tivemos oportunidade de falar e escrever sobre a criação desta mesma escultura Foi entregue nas mãos do nosso companheiro, também marionetista, Fernando Cunha que gentilmente o transportou até às mãos do Delphim que amavelmente nos enviou umas palavras de agradecimento.

Nós é que estamos agradecidos por existirem artistas apaixonados que se dedicam de alma e coração ao desenvolvimento de uma arte que para nós é uma arte maior, a arte da marioneta. Deixamos aqui alguns registos, para que, como nós, se possam sentir tocados por um gesto que merece ser ampliado, replicado, porque os caminhos, tão difíceis de traçar, são inúmeras vezes coerentes com a grandiosidade do indivíduo.



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